terça-feira, 27 de setembro de 2011

Das aparências.

Julgo-me bom observador e por isso quase sempre mantenho minha idéia inicial sobre uma pessoa. A teimosia, muitas das vezes, reforça cada traço que minha visão inicial do indivíduo me proporcionou, mesmo que as novas atitudes não se encaixem exatamente no perfil traçado.

Eu falho nesse aspecto, ao não gostar de dar a quem não me agrada o direito à ambiguidade que dou a todos os outros. O que me irrita é necessarimente vil, perverso. Mas valerei-me do bom e velho "não ligo', como em diversas outras ocasiões já fiz, para seguir e falar do que realmente interessa a mim enquanto escrevo este post: os erros de julgamento.

Pessoas são. O que aparentam ou deixam de aparentar cabe apenas ao especulador-observador, mas tem efeito algum sobre o ser. Pelo menos não em nível interessante. Amontoados de opiniões acabam sempre tendo algum efeito, que seja o de aborrecimento ou enaltação, daquele que é alvo delas. Quem tem cara de bravo afasta brincadeiras, o com cara de bobo atrai enganadores e por ai vai.

É curioso pensar nisso, como inúmeros já fizeram antes de mim, fazem agora ou farão depois, sabidamente chegando a conclusões parecidas, já tão batida que me recuso a reproduzí-la. O que me interessa mesmo é enfatizar que toda pessoa tem algo a dizer, algo que não está escrito em sua aparência, mas está gravado em algum outro lugar. E que cada experiência dessa tem grande valor a agregar. Que pareça tola ou igual a outras, servirá pra se ter mais um pouco do gosto do que é humanidade. Divagação meio circular, mas hoje é um dia para divagações.

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