terça-feira, 6 de julho de 2010

Sobre sorte.

Um misto de felicidade e sausdade enche meu peito, mas não é sobre isso que falarei agora. Em vez disso, contarei sobre um dia realmente singular, meu último sábado.

De manhã cedo, encontrei com uma querida amiga minha que gentilamente havia se oferecido para ser minha guia até um parque próximo ao hotel em que eu estava hospedado. Ao chegar lá, andamos um pouco, mas logo nos sentamos à sombra para aproveitarmos a companhia um do outro e conversar. Em algum momento, meu celular resolveu desligar-se sozinho e para que não ficasse nos incomodando, retirei-o do bolso e o coloquei ao meu lado no banco em que estávamos sentados.

E como sempre é quando estamos fazendo algo bom, o tempo voou e logo era hora de irmos para casa de nossa amiga, pois tínhamos marcado de assistir ao jogo da Alemanha(só da Alemanha mesmo, porque ela atropleou \o/). Após cerca de meia hora de caminhada, chegamos ao apartamento dessa amiga e eu percebi que havia esquecido meu celular no banco do parque. Nem posso descrever o quanto me senti idiota por isso. Enfim, eu não tinha esperança alguma de encontrar meu celular, é claro, mas a minha amável amiga não se ofereceu tão prontamente a voltar comigo para tentar procurá-lo que eu não pude recusar.

Ao chegarmos lá, confirmei minha hipótese e enquanto minha bela guia me consolava por minha perda, a nossa amiga liga para ela falando o improvável: uma mulher encontrou meu celular e resolveu ligar para o último número discado, que no caso era o dessa amiga. Aparentemente, a dona Kelise encontrou o cel enquanto caminhava pelo parque e temendo que algum meliante o levasse, guardou-o e me esperou voltar por um tempo. Como ninguém apareceu, resolveu voltar para o seu caminho, o shopping Catuí e avisou a alguém que poderia querer saber desse celular.

Eu estava incrédulo. Um celular que eu já havia dado como perdido, agora estava a 20 minutos de distância. Fomos até o shopping e percebemos nosso pequeno erro de logística: como encontraríamos a mulher naquele lugar enorme sem nem saber como ela era?

Comprei um cartão telefônico e meu desespero recomeçou: meu celular não atendia de forma alguma e o prazo de tempo que a mulher havia dado estava acabando. Tentei de várias formas contactar meu aparelho e nada adiantou. Por fim, seguimos a sugestão da nossa amiga que nos receberia para ver o jogo, a essa altura quase no fim, a propósito, e anunciamos o nome da moça que havia ligado, afinal Kelise não é um nome que se ouve todo dia.

Não deu 3 minutos e lá estava ela com meu celular. Ela explicou que havia estranhado muito eu não ter tentado ligar mais e nessa hora eu percebi que meu celular estava com defeito, mas isso é outra história. Eu não sabia como agradecer, aquela mulher foi uma das heroínas do dia.

Minha amiga guia, a amiga anfitriã e a moça que resgatou meu celular, 3 pessoas que foram fundamentais para o final feliz dessa história. As duas primeiras principalmente. Me mostraram que eu pude realmente contar com elas quando precisei e isso não tem preço.

Disso tudo, tirei algumas morais bem interessantes:
1-Ainda existem pessoas honestas no mundo;
2-Celly e Vanessa são duas pessoas com quem eu realmente posso contar;
3-Eu sou sortudo pra caralho;

No mais, devo dizer que apesar da correria desse dia, eu gostei muito porque pude passar um bom tempo ao lado dessa pessoa maravilhosa chamada Celly e isso foi magnífico. Até outro post, folks.

2 comentários:

  1. Rabudo é apelido, hein.

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  2. hahaahhaha que da hora a sua sorte! Eu não tenho tanta, mas a minha é muito peculiar; já ouviu a expressão "Deus escreve certo por linhas tortas"? Põe torto nisso! Exemplo que me acontece há mais de 5 anos (pode ser mais, mas comecei a notar há mais-ou-menos essa quantidade de tempo):
    Toda a vez que eu me esqueço de configurar o despertador número 2 (que é o meu celular), por exemplo depois de fim-de-semana ou de dia que eu não tive aula de manhã, o despertador número 1 simplesmente falha, mesmo quando eu não esqueci de configurá-lo também. E é incrível, porque eles são completamente independentes. E, na grande maioria das vezes em que essa soma de fatores acontece, aparece UM PERNILONGO QUE ME ACORDA NO MEIO DA NOITE E EU NÃO CONSIGO MATAR, ficando assim acordado até de manhã (porque eu sou obssessivo e quando um pernilongo me incomoda vira questão de honra). Nas primeiras vezes eu me surpreendia quando chegava a hora e nenhum despertador tocava, achava coinciência demais. Agora quando um pernilongo me acorda eu nem os olho mais. Claro que há algumas vezes que só tinha um pernilongo lá mesmo porque tinha e claro que algumas vezes os despertadores falham e nenhum pernilongo me salva, mas eu contei as vezes em que essas coisas aconteceram ao longo desses anos e a freqüência é incrível demais para ser coincidência. Ainda mais se considerar que eu sou exímio exterminador de pernilongos mesmo sem todas ou algumas das ferramentas eficientes para me ajudar nessa missão - as quais com certeza uso se disponíveis -, tais como pedaço de pano, almofada, aerosol e isqueiro, aerosol de veneno, raquete elétrica, inibidores sonoros, cômodos que podem ser inteiramente fechados e vaporizadores de veneno de ligar na tomada. E mais: nas poucas vezes em que o plano do universo para me acordar falha e eu perco a hora ou que me acordam sem necessidade porque o despertador ia funcionar e então eu fico com sono o dia inteiro aparentemente desnecessariamente, tudo o que eu perdi ou semi-perdi por causa disso mostra-se depois pouco ou nada relevante. Funciona para os dois lados: me impede de perder o que é relevante e me faz faltar ou semi-faltar em alguns dos dias que não foram relevantes. Quando o pernilongo lhe acorda parece azar... Pense de novo!

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