terça-feira, 20 de julho de 2010

Sobre o tédio.

Toda vez que termina uma PQCON, a volta para a rotina se mostra muito mais cruel. Após dias de eventos épicos, um dia mexendo no pc e fazendo nada é 100 vezes pior de se encarar. Tédio, maldito e colossal. Este post tratará um pouco deste tema.

Tédio é mais uma daquelas emoções bem comuns e desagradáveis e sinceramente não me inspira muito a sua análise. Porém, ao ser acometido dela como se em enxurrada, é inevitável que eu queira dar minha opinião.

O entediado enxerga o mundo cinza. Nada lhe agrada, nada é interessante, pelo menos nada dentro do rotineiro. Tarefas simples tornam-se martírios e conversas bobas são encaradas como tortura. O mundo trava e tudo perde o brilho.

Se não tratado logo ou se surgir numa dose muito grande, pode ser muito perigoso. O tédio é uma porta de facílimo acesso para a depressão e esta sim é um mal avassalador(sem referência ao funk). Mais que isso, até, o tédio é fertilizante das piores idéias e conclusões a medida que é ávido em manter a cabeça vazia de pensamentos construtivos, dando espaço a todo o resto.

É irmão da solidão e atinge tanto os cheios de problemas quanto aqueles que não os tem, mas acabam criando problemas imaginários devido á influência desse sentimento inoportuno. Uns dirão que tem o que fazer não fica entediado, mas isso é falso. Não é a ocupação que mata o tédio, mas sim o interesse pela ocupação. Uma pessoa muito ocupada pode também ser entediada. Como exemplo clássico, basta olhar nos olhos da maioria das pessoas obrigadas a ter um emprego do qual não gostam para poder sobreviver. Olhos apáticos e entediados, que embora tenham um mundo de preocupações e ocupações para ocupar sua cabeça, criam mais algumas por influência do desgosto de fazerem algo que não lhes agrada.

Sinto-me entediado agora, mas logo passa. Só preciso de uma boa dose de companhias agradáveis e conversas produtivas e talvez alguns posts por aqui. Ah sim, adoro meus 4(se isso) leitores, mas escrevo por mim mesmo, fellows. Embora seja bom saber que alguém concorda comigo de vez em quando. Ou não.

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